É preciso alguma coragem e um tanto de humildade para buscar ajuda psicológica. A angústia, uma tristeza que perdura, o medo, o mal-estar de ordem física, social, cultural e amoroso que limitam o fluxo da vida e amortecem ou exageram o sentir, pedem passagem e causam sofrimento. Como construir, na adjacência da dor, uma abertura à alegria e à potência?

O tratamento psicoterapêutico de base psicanalítica não promete um estado de bem viver em permanência, mas permite a abertura a caminhos outros. Ele se constrói diante da afirmação do desejável reencontro com uma palavra possível.

O desafio diante de um tal psicoterapeuta é o de contar essas cenas do cotidiano, com idas e vindas a um passado recente ou distante, e também um passeio ao futuro e a tudo o que é temido
ou sonhado em um porvir. Dessa experiência, desse dizer sobre os afetos, podem advir surpresas, esses acossamentos que incitam o sujeito a redesenhar a sua biografia.

Esta tem sido a minha vocação. Acompanhar esse desenrolar da vida de cada um _ histórias únicas, todas raras, singulares. Nessa alternância móvel entre o prosear, a escuta e o silêncio, continuo me impressionando diante desses devires.
 

Deixo aqui o meu convite a esta aventura...

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